É um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos e restritos.
O diagnóstico de autismo é clínico e deve ser feito por profissionais especializados através da observação da criança e conversa com pais e familiares. Já no primeiro ano de vida é possível detectar alguns sinais, como contato visual pobre, ausência de balbucio ou gestos sociais, não responder pelo nome quando chamado.
Os pais observam pouco interesse em compartilhar objetos e dificuldade em desviar o foco em atividades que interessa à criança. Problema para dormir também é uma característica muito presente no autismo, assim como seletividade para alimentos, medos excessivos e hipersensibilidade a determinados barulhos ou estímulos.
Outros sinais relevantes para o diagnóstico de TEA é a excessiva preferência por determinados objetos, texturas, cores ou jogos. Pode haver uma demora para engatinhar, andar, falar e até mesmo regressão da fala entre 1 e 2 anos.
O especialista fará o diagnóstico baseado nas conversas com pais e na observação desses sintomas. Não existem exames de laboratório que confirmem o autismo, sendo um diagnóstico clínico feito pela observação da criança em diferentes ambientes.
Muitas vezes o diagnóstico acontece quando a criança já está na escola, sendo o papel dos professores fundamental para identificar sinais que possam indicar o TEA.
Todos esses sintomas causam prejuízos significativos no funcionamento social, profissional e em outras áreas da vida da pessoa com autismo.
As pessoas com nível leve de autismo, em relação à interação e comunicação social, apresentam prejuízos, mas não necessitam de tanto suporte. Têm dificuldade nas interações sociais, respostas atípicas e pouco interesse em se relacionar com o outro.
Em relação ao comportamento, apresentam dificuldade para trocar de atividade, independência limitada para autocuidado, organização e planejamento.
As pessoas com nível moderado de autismo, em relação à interação e comunicação social, necessitam de suporte substancial, apresentando déficits na conversação e dificuldades nas interações sociais, as quais, muitas vezes, precisam ser mediadas.
Em relação ao comportamento podem apresentar dificuldade em mudar de ambientes, desviar o foco ou a atenção, necessitando suporte em muitos momentos.
As pessoas com nível severo de autismo, em relação à interação e comunicação social, necessitam de muito suporte, pois apresentam prejuízos graves nas interações sociais e pouca resposta a aberturas sociais.
Em relação ao comportamento, apresentam dificuldade extrema com mudanças e necessitam suporte muito substancial para realizar as tarefas do dia a dia, incluindo as de autocuidado e higiene pessoal.
Além desses fatores, outros critérios específicos para o diagnóstico de autismo são: prejuízo intelectual e de linguagem, condição médica ou genética, outras desordens do neurodesenvolvimento ou transtornos relacionados.
Os principais objetivos no tratamento são:
Para a independência funcional, não existe um tratamento único melhor; deve ser personalizado conforme as limitações e necessidades da pessoa. As famílias, terapias e o sistema de ensino são os principais recursos para o tratamento. O tratamento psicológico com evidência de eficácia, segundo a Associação Americana de Psiquiatria, é a terapia de intervenção comportamental — aplicada por psicólogos. A mais usada delas é o ABA (Applied Behavior Analysis ou, análise aplicada do comportamento). Como o tratamento para autismo é interdisciplinar, os pacientes podem se beneficiar com intervenções de fonoaudiologia, terapia ocupacional, entre outros profissionais.
A síndrome de Asperger é uma condição semelhante ao autismo, que se manifesta desde a infância e que leva a pessoa com Asperger a ver, ouvir e sentir o mundo de forma diferente, o que acaba provocando alterações na forma de se relacionar e comunicar com os outros.
A intensidade dos sintomas pode variar bastante de uma criança para a outra e, por isso, casos menos aparentes podem ser mais difíceis de identificar. É por esse motivo que muitas pessoas descobrem a síndrome apenas durante a idade adulta, quando já apresentam depressão ou quando começam a ter episódios intensos e recorrentes de ansiedade.
Ao contrário do autismo, a síndrome de Asperger não causa dificuldade generalizada de aprendizado, mas pode afetar algumas aprendizagens.
Para se saber se uma criança ou adulto tem síndrome de Asperger é necessária a consulta com um pediatra ou psiquiatra, que irá avaliar a presença de alguns sinais indicativos da síndrome como:
O tratamento para a Síndrome de Asperger tem como objetivo promover a qualidade de vida e sensação de bem-estar do indivíduo. É importante que o tratamento seja iniciado logo após o diagnóstico, possibilitando obter resultados melhores.
Os pacientes com Síndrome de Asperger geralmente são inteligentes, mas têm um pensamento muito lógico e pouco emocional, e por isso tem muita dificuldade de relacionar com os outros, mas quando se estabelece uma relação de confiança com eles, o terapeuta pode discutir e compreender o porquê de alguns comportamentos “estranhos” ajudando-os a identificar qual a estratégia mais adequada para cada caso.
O acompanhamento psicológico é fundamental na Síndrome de Asperger, pois é durante as sessões que são observadas as principais características apresentadas pelo paciente e, assim, é possível identificar situações em que essas características são evidenciadas. Além disso, durante o tratamento com o psicólogo, ele é estimulado a conversar e conviver com outra pessoa que não faz parte do seu dia a dia.
É importante também que os pais e os professores participem desse processo e apoiem o desenvolvimento da criança. Assim, alguns exemplos do que os pais e professores podem fazer para ajudar a criança com Síndrome de Asperger são:
Além disso, de acordo com o comportamento que a criança apresenta, o psicólogo pode fazer jogos que possam ajudar a facilitar a convivência ou ajudar a criança a entender o porquê de ter tido determinada atitude e o ajudando a promover a qualidade de vida da criança.
| ASPERGER | AUTISMO |
| Coeficiente intelectual geralmente acima do normal | Coeficiente intelectual geralmente abaixo do normal |
| Normalmente o diagnóstico se depois dos 3 anos | Normalmente o diagnóstico se antes dos 3 anos |
| Aparecimento da linguagem em tempo normal | Atraso no aparecimento da linguagem |
| Todos são verbais | Cerca de 25% são não verbais |
| Gramática e vocabulário acima de média | Gramática e vocabulário limitados |
| Interesse geral nas reações sociais Desejam ter amigos e se sentem frustrados pela dificuldade social |
Desinteresse geral nas reações sociais. Não desejam ter amigos |
| Incidência de convulsões igual que o resto da população | Um terço apresenta convulsões |
| Se sente confuso | Desenvolvimento físico normal |
| Interesses obsessivos de “alto nível” | Nenhum interesse obsessivo de “alto nível” |
| Os pais detectam problemas por volta dos dois anos e meio | Os pais detectam problemas por volta dos 18 meses de idade |
| As queixas dos pais são os problemas de linguagem, ou em socialização e conduta | As queixas dos pais são os atrasos da linguagem |
Você pode agendar um horário para atendimento online, enviar uma dúvida pelo formulário do site ou entrar em contato por telefone, WhatsApp ou e-mail.
(12) 98121-2122
📬 rosekuwabara@gmail.com
Para que mora em São José dos Campos ou cidades próximas e prefere atendimento presencial, tenho parceria com a Clínica PsiU. Entre em contato pelo formulário ou telefone para confirmar disponibilidade de agenda.
Endereço: R. Padre Rodolfo, 182 – Sala 14 – Vila Ema, São José dos Campos / SP
Ainda tem alguma dúvida? Envie uma mensagem com seus dados de contato que retornarei o mais breve possível.